No post anterior falei um pouco (ou muito) sobre as nossas primeiras impressões em NY. Hoje quero contar para vocês sobre o nossos roteiros de Nova York e o que pudemos aproveitar, mesmo o dólar estando em seu valor Record, às vésperas das eleições, quando chegou a R$ 4,50 para os turistas.
Nova York é uma das cidades mais caras do mundo, mas isso não significa que tudo custe muito caro. Com um bom planejamento você consegue mesclar coisas caras e baratas e aproveitar bastante tudo que Nova York tem para te oferecer.
Vale lembrar que não somos muito consumistas, então, se você espera um roteiro de compras, não é aqui que você vai encontrar.
Nossas Referências para a Elaboração dos Roteiros de Nova York
Primeiramente, preciso dar alguns créditos. Como fomos viajantes “de primeira viagem”, buscamos bastante informações de blogs e canais de youtube. Alguns que mais ajudaram nesse planejamento foram
São esses:
Vivendo e Turistando – do Rodrigo, um brasileiro que mora em Newark – Nova Jersey (que fica ao lado de NY). Ele sempre faz vídeos sobre passeios em NY. Principalmente passeios em conta! Devorei o canal dele alguns dias antes da viajem e foi a melhor coisa que eu fiz! Quando cheguei lá já estava meio íntima do lugar. Os vídeos dele são muito sinceros e úteis. Recomendo a todos!
Lu Ferreira: Todo mundo tem a sua blogueira favorita, né? No meu caso, a Lu sempre foi uma boa influência. Acho que porque vivemos momentos de vida parecidos. Ela tem uma filha de idade próxima da Luana. Então, nesse aspecto ela foi referência. Por coincidência, NY é a cidade preferida dela, que mudou a vida dela, então não pude deixar de buscar referências no Blog Chata de Galocha, no Canal e no livro dela. Adaptando para a nossa realidade, obviamente!!
Roteiros e Relatos – É um canal de youtube de um casal de brasileiros que mora em Boston. Eles tem vídeos e dicas de viagens e Roteiros de Nova York e de Boston. Como esses eram nossos destinos, podemos dizer que foram super referências. As dicas deles foram extremamente úteis para muitas tomadas de decisões, principalmente com relação a Boston.
Pedro pelo Mundo: Pode ser engraçado eu colocar o Pedro Andrade como referência de NY, mas ele escreveu um Livro sobre a cidade e eu me empolguei na pesquisa e acabei comprando. Mantendo as devidas proporções, seguimos, um pouco, as dicas dele. São dicas bem práticas. Para quem gosta de fazer compras, o livro dele é ótimo. Tem dicas de lojas, restaurantes, baladas, feiras, etc. até de como se locomover por NY, como se vestir para sair e dicas de como economizar.
Voltando agora para o que realmente fizermos…
Nós saímos de SP com algumas referências de lugares para visitar e coisas que tínhamos vontade de fazer, mas nenhum roteiro muito rígido. Até porquê, uma viagem é algo muito dinâmico, e a gente precisa ser flexível.
Como NY é muito grande e alguns dias da viagem estavam comprometidos com um congresso que o Matheus iria participar, resolvemos fazer uma mescla de hospedagens e tentamos fazer programas próximos da região em que estávamos hospedados, ou de fácil acesso.
Hotel ou Airbnb em Nova York?
Nos três primeiros dias ficamos em um hotel em Downtown – falei no post anterior. Depois, nos “mudamos” para um Airbnb no Upper West Side, também em Manhattan. Do Airbnb, fomos para Boston, onde ficamos 5 dias. Na volta para NY, ficamos hospedados em hotel da rede POD, no bairro Williansburg, no Brooklyn. Ao todo, foram 16 dias de viagem, e 4 hospedagens diferentes.
Fazer essa dinâmica foi interessante para a gente porque pudemos ter experiências diferentes e economizar dinheiro. O primeiro hotel que ficamos era um Sonho – super bem localizado, com uma vista maravilhosa, cama king-size, quarto espaçoso. Mas não podíamos arcar com essa despesa por muitos dias, então, nos dias do congresso, escolhemos ficar em um local mais simples e beeem mais barato. Escolhemos um quarto em um apartamento no Upper West Side (já era quaaase Harlen, mas não chegava lá ainda), próximo a uma estação de metro. Não foi uma maravilha, mas como saíamos cedo e voltávamos muito tarde, acabou não sendo um sacrifício muito grande. Custava um terço do Hotel, então, super compensou.
Eu não sabia, mas quando você reserva um hotel, o preço do quarto é X, mas ainda tem outras taxas que são adicionais. Então fique muito atento a isso. Em NY, além do Imposto, de quase 8%, ainda tem uma taxa chamada taxa de Resort, que é mais uns 13%, aproximadamente. Então, sempre que for reservar um hotel, pense no valor da diária mais 20%. Quando você reserva um apartamento ou um quarto num apartamento, além do valor ser melhor, você também não precisa pagar mais nenhuma taxa. Outra vantagem do Airbnb é que ele já faz a cobrança em Reais, então, são mais 7% de IOF que você acaba economizando. Confesso que não sei qual o valor da conversão (spread) deles, mas acho uma boa vantagem. As reservas de Hotel que fiz foram pelo Booking que tem a opção de pagar na hospedagem e o cancelamento gratuito. Como ainda estava com medo de alguma coisa dar errado na viagem, escolhi lugares que aceitassem essa opção e fomos com Dinheiro para pagar os hotéis. O que nos permitiu pagar bem menos IOF também.
Andar por NY de transporte público é Fácil, mas exige atenção!
O metrô de NY tem uma malha excelente, mas infelizmente, os metros não são muito interligados entre si, em Manhattan principalmente. Se você observar o mapa da ilha, verá que ela é muito mais comprida do que larga. Os trajetos do metrô seguem essa geografia. São várias linhas, paralelas entre si que ligam Manhattan de Norte a Sul, ou melhor, Uptown to Downtown. Em todas as estações é preciso ter cuidado para entrar no sentido certo, elas normalmente não tem acesso para o outro sentido, então se você errar, pode ter que voltar à rua para pegar sentido correto novamente.
Para Turistas, o MetroCard é indispensável! Ele permite que você faça infinitos trajetos ao longo de uma semana. Sendo assim, uma das primeiras coisas que você deve fazer ao chegar em NY é comprar um Metrocard. Você pode fazer isso em qualquer estação, direto em uma máquina. Vale lembrar que o Metrocard é individual. Cada um precisa ter o seu porque ele não passa duas vezes na mesma estação num período de 18 minutos.
Além de Metrô, andamos a pé (105km segundo meu celular), de Taxi, de Uber e de Lift, de carro alugado (momentos de tensão), de trem, de balsa e de bicicleta. E nessa hora o Google Maps era o nosso maior aliado. Ele dava a estimativa do preço de cada um dos transportes de acordo com o trajeto que a gente ia fazer, e a gente sempre escolhia o mais barato. Acredite se quiser, mas muitas vezes, pegar o Taxi estava compensando muito! Fomos e voltamos do Aeroporto JKF de taxi porque estava muito mais barato. Vale comparar também as plaquinhas de promoções de traslado no aeroporto e nos hotéis – comparamos com os valores do Uber e davam uns 20 dólares de desconto. Valeu muito a pena!!
Mas Mira, tem o Airtrain que é muito mais barato e te deixa no terminal! Eu sei! Eu sei! Mas eu queria chegar em NY e ficar observando as coisas da janelinha… passar pela ponte do Brooklyn, etc. Na volta, estávamos muito cansados porque pedalamos o dia inteiro e não podíamos mais andar. O taxi para ir e voltar do Aeroporto foi um dos nossos luxinhos de viagem. Como falei, tivemos um pouquinho de cada.
Economizando nos Passeios:
Vamos ser sinceros com vocês. Quem não gastou com compras, gastou com passeios e comida. Mas tudo com moderação, obviamente!!
Em geral, as pessoas que vão para Nova York compram o famoso CityPass, que te dá direito a visitar ao longo de 9 dias por US$ 126, as seguintes atrações:
- Empire State Building
- Museu Americano de História Natural
- The Metropolitan Museum of Art
- Deque de Observação do Top of the Rock OU Museu Guggenheim
- Estátua da Liberdade e Ilha Ellis OU Cruzeiros da Circle Line
- Memorial & Museu do 11 de setembro OU Museu Intrépido do Mar, Ar & Espaço
Comprando o pacote, segundo o site do CityPass, você pode economizar até 42%. Mas não achamos vantagem porque algumas atrações simplesmente não tivemos vontade de visitar. Não queria ir no Museu do 11 de setembro porque já fiquei comovida demais por visitar as fontes, nem o Intrépido, que é de Guerra. Também não fazia questão do Top of the Rock, já que iriamos do Empire State Building. Para mim, o Citypass não fazia muito sentido.
Fomos pesquisar outras opções e encontramos o Explorer Pass e foi o que escolhemos. Ele dá o direito de escolher a quantidade de atrações de uma lista gigantesca (sério! tem muita coisa), incluindo passeios guiados e experiências gastronômicas e pode ser usado dentro de um prazo de 30 dias. Como fomos para Boston e voltamos para NY, ter um prazo maior fez muito diferença.
Da gigantesca lista de atrações disponíveis, escolhemos um pacote com 10 atrações e fizemos as seguintes:
- Empire State Building
- Museu Americano de História Natural
- The Metropolitan Museum of Art
- Cruzeiros da Circle Line
- Madson Square Garden (Tour)
- MoMA (Museu de Arte Moderna)
- Passeio de Bicicleta pelo Central Park (Full Day)
- Passeio de Bicicleta pela Ponte do Brooklyn (Full Day)
- Visita ao Jardim Botânico do Brooklyn
- City Tour – Big Bus New York
Isso sem contar os passeios super legais que fizemos e qualquer um pode fazer de forma independente, como:
Visitar o Chelsea Market, Andar pelo High Line e Meatpacking District
Passear por Downtown e visitar as fontes, o Oculus, Wall Street (touro) e Battery Park – Veja Post Anterior
Acabar sempre na Times Square (todos os caminhos de NY levam a Times Square – kkkk)
Window Shopping na 5a. Avenida – visitar a Tiffany’s!
Visitar a Macys (se auto-intitula a maior loja de departamento do mundo e é realmente gigantesca)
Visitar a B&H – maior loja de eletrônicos e tecnologia do mundo (Matheus pira)
Participar da SMORGASBURG – Feira Gastronômica no Williansburg – Brooklyn
Passear pelo Domino Park (Brooklyn)
Fazer um Picnic no Central Park
Atravessa (a pé) a ponte do Brooklyn.
Só posso dizer que aproveitamos demais NY, inclusive as “atrações gratuitas”. As aspas são porque a gente acaba gastando nos lugares, mas a entrada é grátis, então se não quiser consumir nada, não precisa!
Pela lista de atividade que fizemos, podemos dizer SIM, que é possível aproveitar muito NY sem gastar tanto dinheiro assim…
Onde Vale a Pena Investir
Dos passeios pago, os que Altamente Recomendamos são a Visita ao Empire State Building – US$ 20, o Cruzeiro do Circle Line – Landmark (que passa perto da estátua da Liberdade e tem um guia maravilhoso que fala bastante dos prédios icônicos da cidade e a história do local e das pessoas) – US$ 37 e o City Tour BIG BUS US$60. No City Tour você pode andar por NY inteirinha com o Guia do ônibus e subir e descer quantas vezes quiser durante um dia (manhã e tarde). Dessa forma, pode usar ele para visitar vários lugares diferentes durante o dia, sem contar, que é um jeito de você conhecer coisas que estavam fora do seu roteiro, mas que são interessantes. Recomendo muito e recomendo também que seja o primeiro passeio, para justamente conhecer as coisas diferentes e montar melhor os seus próprios roteiros de Nova York. Para quem estará na cidade por poucos dias, indico muito fazer Big Bus Tour, pois é um jeito “rápido” de conhecer bem a cidade.
Economizando ainda mais…
Na Compra de Dólar:
Ficar refém da flutuação de preços não dá! Por isso, fomos nos planejando e comprando dólares sempre nas baixas. Sabíamos que teria um pico em Setembro, por conta das eleições, então em Abril já estávamos comprando dólar. Em média, pagamos aproximadamente R$ 3,70 por dólar, enquanto, na época da viagem, o dólar turismo chegou a R$ 4,50 (Absurdo!!). Já preparei um outro post só sobre o assunto e nele falo exatamente todos os truques para economizar na compra de dólar, usando essa nossa viagem como exemplo.
No Seguro Viagem:
Muita gente não sabe, e eu não sabia, mas é possível ter o seguro o viagem sem precisar pagar por ele!!
Os cartões de crédito (Visa ou Master) da categoria platinum incluem o seguro viagem para você e sua família se a passagem for comprada com esse cartão. No nosso caso, usamos o Visa, que tem uma lista bem grande de benefícios, que eu e você não usamos por pura falta de conhecimento! Basta fazer um cadastrinho antes da viagem no Emergência Médica Internacional e levar impresso os contatos em caso de emergência. Não vai confiar na bateria do seu celular nessas horas, além disso, a imigração pode pedir e é bom você ter em mãos.
Alimentação: Comendo bem sem gastar muito
Alimentação é outro tópico muito importante, e nesse quesito também usamos a regra da Misturinha. Nos permitimos pequenos luxinhos, mas também comemos de forma bem simples e econômica, na maioria das vezes. E acredite: Não comemos no Mc Donalds nem uma vez sequer em NY.
Tenha em mente que os Hoteis em NY não possuem Frigobar. Por isso, não vai pensando em fazer a festa num mercado e encher a geladeira, que isso não vai rolar. Outra coisa que a gente estranha é que não tem café-da-manhã incluso em lugar nenhum! Isso significa que em Nova York, se você está hospedado em um hotel, você vai ter que sair para comer em praticamente todas as refeições. O que não tem a menor dificuldade em NY. Mas, se essa ideia não te agrada, e você quer economizar, um Airbnb é o mais indicado para você.
Num próximo post vou escrever sobre lugares legais que comemos e dar as dicas de onde encontrar as comidas gostosas e baratas em NY. Elas estão por toda parte, acredite!
Um grande beijo! Espero que estejam gostando do nosso (seu também) passeio! E se nesse post, teve alguma dica que você aproveitou, deixa um comentário para a gente!