Nova York e Boston: Primeiras Impressões da Metrópole do Mundo!

Por: quarta-feira, outubro 17, 2018 0 , , Permalink

Peço licença para fugir um pouquinho do tema do blog e para compartilhar com vocês uma experiência que vivemos em Nova York e em Boston em Setembro. Eu e o Matheus, meu marido, acabamos de retornar de uma viagem, que, podemos dizer, explodiu a nossa mente.  Queria registrar essa experiência e compartilhar para que outras pessoas possam aprender com a nossa experiência e se aventurar.

A história dessa viagem, começa lá em 2014. Antes mesmo de nos casarmos…

Estávamos nos preparativos para o casamento, decidindo uma coisa, outra coisa, e conversávamos sobre a Lua de Mel e os lugares que a gente gostaria de conhecer, caso dinheiro não fosse um problema. Nova York foi o lugar escolhido, mas como dinheiro era um problema (e tempo também – só tivemos 5 dias) acabamos indo para Natal. Foi maravilhoso! Eu amei nossa Lua de Mel. Nova York ficou para o ano seguinte. Iriamos comemorar nosso primeiro ano de casados em NY!

Não deu certo, como podem imaginar pelo tempo verbal que usei, mas conseguimos comemorar nosso quarto ano de casados em Nova York! Não foi nada parecido com uma Lua de Mel, mas foi uma viagem incrível!

Foi uma viagem “Business and Pleasure” que coincidentemente caiu próxima da data do nosso aniversário, 07 de Setembro.

Chegamos no aeroporto de Guarulhos no dia 06, juntamente com a Lúcia, mãe do Matheus, e a Luana, nossa filha. As duas foram para Vitória, ficar com a minha família e eu e o Matheus, fomos para NY. Eu nem podia acreditar que aquilo estava acontecendo, e durante todo o tempo que estávamos planejando a viagem eu ficava me policiando para não me empolgar demais porque achava que alguma coisa ia dar errado e a viagem não ia acontecer. Sabe aquele pessimismo que fica escondido dentro da gente, nos impedindo de aproveitar a vida ao máximo? Era isso!! Eu achava que tudo daria errado, o visto não ia sair, eu não ia conseguir deixar a Luana, ou alguém ia ficar doente (Vocês lembram da nossa Road Trip em Família? ) , ou ia bater na imigração e voltar.

Fomos por um voo direto da Avianca. Classe econômica – óbvio!! Não foi nem um pouco confortável e eu quase não consegui pregar os olhos, de ansiedade, imagino, mas também porque ficamos próximo aos banheiros e toda hora alguém abria aquela bendita portinha barulhenta.

Eu só aceitei que NY estava acontecendo mesmo e me empolguei de verdade quando recebemos um carimbo e um “Have a good Stay”. Simpático, não!?

Chegamos em Nova York \o/\o/

Já era dia 07 de Setembro e de acordo com a minha programação nós pegaríamos um taxi para o Hotel, passaríamos pela cidade aproveitando a vista, principalmente da ponte do Brooklyn, deixaríamos as malas no hotel, iriamos na estátua da Liberdade e teríamos um jantar romântico gostoso com uma vista maravilhosa.

Na realidade, pegamos um taxista maluco (mais para frente descobrimos que todos os taxistas de NY são meio malucos – também são indianos e moram no Queens), ficamos parados no trânsito numa vizinhança nada legal, passamos correndo e temendo pela vida na ponte do Brooklyn e chegamos no hotel tensos e já famintos. Falei que a comida do avião era péssima?? Pois é…

Era mais ou menos 11:30h quando chegamos no hotel, e o quarto só seria liberado às 15h. Deixamos as malas e saímos para procurar comida e chip para o celular (SIM Card). O dia estava bem nublado, e resolvemos deixar a estátua para outro dia.

Nos hospedamos em Downtown, num Holliday Inn próximo à região do World Trade Center, e assim que viramos o quarteirão nos deparamos com obras, seguranças e eventos em memória a tragédia que ocorreu ali. A região ainda está se “revitalizando” e eles revivem aquele 11 de Setembro todos os anos. Lembram as pessoas que morreram, os policiais e bombeiros que trabalharam arduamente para resgatar sobreviventes e devolver a ordem.

Vista Lateral do Nosso Quarto – Postada no Stories do insta @miramelke!

Apesar da fome, nos permitimos contemplar por alguns instantes, ouvindo o barulho das obras, e o barulho da água que caia nas fontes quadradas onde ficavam as torres, relembramos como foi para a gente o 11 de setembro. Se nós, que éramos crianças, temos bem viva a lembrança, imagina o povo dali… que estava ao lado, sofreu junto, perdeu pessoas queridas. O guia de um dos passeios que fizemos falou que passava na televisão que a população deveria evitar a região por causa da poeira e porque era uma área “crime scene”. Demorou meses para que as pessoas pudessem voltar a andar por alí. Ele mesmo demorou mais de um ano e quando voltou, caiu em prantos. Mas não demorou para NY se reerguer! No lugar, já construíram 4 prédios e as obras para o quinto estão quase começando.

Ainda estávamos cansados da viagem, anestesiados com a lembrança e com muita fome quando resolvemos entrar no Oculus, um shopping, galeria e estação de metrô com arquitetura extravagante e também o símbolo dos novos tempos (e talvez do desperdício de dinheiro). Controvérsias a parte, ficamos muito impressionados com o lugar e de certa forma, ele nos foi um refúgio.

Occulus – Vista Externa

Oculus, vista interna com duas pessoas exaustas e famintas… rs

Oculus, vista lateral – Incrível né?

Oculus, Train Station

Considerações de “Primeiras Viagens”

Eu não sei se outras pessoas se sentem assim na primeira viagem internacional, mas eu me senti muito acuada. Não tivemos muitos problema com relação ao idioma, mas sentia que não sabia exatamente como eram os costumes. Quando a gente não tem um domínio pleno da língua e dos costumes, a gente pode acabar soando rude ou coisa parecida. Por outro lado, o Novaiorquino é tão acelerado que parece que eles preferem que você seja “curto e grosso”. Entrar numa loja, dar um bom dia, esperar simpatia, contar toda a sua vida e fazer amizade é algo que não acontece com frequência por lá, apesar de todos tentarem ser simpáticos e educados. O padrão de atendimento lá está mais para “Fique a vontade, se precisar de alguma coisa, me chame que estarei disponível, mas tente não fazer muitas perguntas porque eu me canso rápido e tenho um milhão de outras coisas para fazer”, mas tudo isso, de uma forma super “polite”. É claro que encontramos exceções, mas esse era o padrão.

Depois de muitos parágrafos, sinto que estou divagando e não exatamente contando para vocês como foi a viagem, o que fizemos, os locais que visitamos, e o que comemos. Mas entenda, para mim, agora, é mais importante que você perceba o “choque de cultura” que sofremos assim que colocamos os pés na maior metrópole do mundo. Por quê, além de conhecer lugares, experimentar comidas muito diferentes,  e apreciar paisagens que não estamos acostumados, estar em Nova York mudou a nossa mente com relação à humanidade, às culturas, ao trabalho, à organização, ao consumo, à história, à politica.

Evento em Memória aos policiais que morreram no 11 de Setembro. No Police Memorial do Battery Park.

 

NYPD Pipe Band (Gauita de Foles) – Reparem nas Saias… muito escoceses, né?

Essa foi a apenas a primeira parte do primeiro dia. Vou escrever mais sobre nossa viagem a Nova York, e sobre as coisas normais de viajantes em próximos posts. Esse já ficou longo demais.

Mas queria saber de você. Já teve a oportunidade de estar em um lugar tão diferente da sua casa? Como você se sentiu ao sair da sua “Zona de Conforto” e como essa experiência mudou a sua vida? 

 

 

 

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